Conversa entre a minha pessoa e o meu caríssimo avô:
- Podes-me ir levar ao #####? (Não interessa onde era...)
- Oh avô... agora vou cortar o cabelo. Não pode ser depois?
- Está bem. Ai vais cortar o cabelo?
- Vou...
- E a barba também?
- Sim..........
- Ah gand' hóme! Assim vais viajar mais bonito e até parecia mal ires com ela assim tão graúda...
- Pois... (pausa) pois, pois parecia, pois parecia... (pausa) claro que parecia mal, achas que ia assim nesta figura? E mais para o estrangeiro!
- Ora nem mais!
Ora bem, parecia mal? Não não, meu querido avô. Parece mal é não ter barba e as pessoas perguntarem-te se já sabes o que vais escolher quando fores para a universidade. Parece mal é não ter barba e as pessoas perguntarem-te se estás a estudar ali na secundária ou em Calvão. Entre outros... isso é que parece mal! Com barba sempre crio ali uma sensação de desconfiança nas pessoas. Nota-se que estão num conflito de interesses na sua mente, nomeadamente ao nível do "hum... já com barba, não deve ser assim tão 'gároto' quanto isso" e fazem perguntas indirectas. Tentam dar a volta ao assunto de forma inteligente, diga-se, do género:
- Epa és o filho do.. epa não és nada... não pode! Aos anos que eu já não te via. Já nem te conhecia, vê lá tu! Estás crescido. Com que idade estás agora?
Em alternativa:
- Então... hum... ainda estás a estudar..?
- Estou...
- Onde mesmo?
E aqui pronto, não me sinto tão inferiorizado quanto isso. Perguntas sobre o secundário é chato, 'né'?
Ok, o meu avô é de outros tempos, onde a educação era outra e afins. Acho curioso o facto (ou será fato? Agora não percebo nada de escrita) de a barba "graúda", gosto muito deste termo que ele usa, parecer mal. É isso e o cabelo comprido. Ai coisas compridas nos homens ficam mal? Têm a certeza? Bom, não quero desenvolver agora este aspecto. Só acho curioso. Ah! Mas o bigode fica bem! Bigodes é que é bonito. Ainda há dias me disse "tenho bigode desde 48".
A minha explicação para o "parece mal" prende-se tão somente com um aspecto. Antigamente só as pessoas que não interessavam a ninguém (ladrões, burlões, piratas, etc) é que tinham barba. Ter barba significava que podias pertencer a um gang qualquer. Pelo sim pelo não, era melhor cortar, não fossem eles ostracizados pela sociedade só por ter uns pêlos na tromba.
Actualmente já não é assim e ainda bem. Hoje em dia qualquer indivíduo de barba feita pode ser gente que não interessa a ninguém (advogados, presidentes dos clubes de futebol, ministros, digamos-que-aumentou-o-leque-de-grupos-de-malfeitores-e-são-todos-bem-vestidos, etc).
E pronto. Antes da minha partida fica aqui esta peripécia da minha vida espectacular (ou espetacular? Isto não é querer fazer uma piada fácil, é mesmo porque encontro em tudo o que é sites de notícias coisas destas).
PS: Não, não fui cortar a barba e o cabelo porque ía de viagem e, parafraseando o meu avô, ir mais bonito... Cortei a barba porque já tinha um mês. Se calhar convém, digo eu! E o cabelo, por norma corto um bocado antes de começar a perder a visão. Já o meu avô corta o cabelo e apara o bigode de 48 todos os meses. O alarme dele é diferente do meu, que como já disse dispara assim que perceber que brevemente vou perder a visão. Assim que o sensor dele detectar que o bigode de 48 está graúdo, dispara o alarme e lá vai ele aparar as duas coisas no seu barbeiro de sempre que, fazendo agora um supônhamos, deve ser também de 48. E eu é que o vou levar ao barbeiro de vez em quando. E faço isso porque ele me pede, não é porque sei que me vai dar 10€ depois. E agora sem ironias e piadas. É mesmo porque ele me pede. Tenho barba gráuda mas isso não faz de mim um interesseiro. Acreditam se quiserem, se não quiserem... "a mim que m'importa"! Já dizia o Bruno Aleixo. Perdão, Senhor Bruno Aleixo. Não andei com ele na tropa.
- Podes-me ir levar ao #####? (Não interessa onde era...)
- Oh avô... agora vou cortar o cabelo. Não pode ser depois?
- Está bem. Ai vais cortar o cabelo?
- Vou...
- E a barba também?
- Sim..........
- Ah gand' hóme! Assim vais viajar mais bonito e até parecia mal ires com ela assim tão graúda...
- Pois... (pausa) pois, pois parecia, pois parecia... (pausa) claro que parecia mal, achas que ia assim nesta figura? E mais para o estrangeiro!
- Ora nem mais!
Ora bem, parecia mal? Não não, meu querido avô. Parece mal é não ter barba e as pessoas perguntarem-te se já sabes o que vais escolher quando fores para a universidade. Parece mal é não ter barba e as pessoas perguntarem-te se estás a estudar ali na secundária ou em Calvão. Entre outros... isso é que parece mal! Com barba sempre crio ali uma sensação de desconfiança nas pessoas. Nota-se que estão num conflito de interesses na sua mente, nomeadamente ao nível do "hum... já com barba, não deve ser assim tão 'gároto' quanto isso" e fazem perguntas indirectas. Tentam dar a volta ao assunto de forma inteligente, diga-se, do género:
- Epa és o filho do.. epa não és nada... não pode! Aos anos que eu já não te via. Já nem te conhecia, vê lá tu! Estás crescido. Com que idade estás agora?
Em alternativa:
- Então... hum... ainda estás a estudar..?
- Estou...
- Onde mesmo?
E aqui pronto, não me sinto tão inferiorizado quanto isso. Perguntas sobre o secundário é chato, 'né'?
Ok, o meu avô é de outros tempos, onde a educação era outra e afins. Acho curioso o facto (ou será fato? Agora não percebo nada de escrita) de a barba "graúda", gosto muito deste termo que ele usa, parecer mal. É isso e o cabelo comprido. Ai coisas compridas nos homens ficam mal? Têm a certeza? Bom, não quero desenvolver agora este aspecto. Só acho curioso. Ah! Mas o bigode fica bem! Bigodes é que é bonito. Ainda há dias me disse "tenho bigode desde 48".
A minha explicação para o "parece mal" prende-se tão somente com um aspecto. Antigamente só as pessoas que não interessavam a ninguém (ladrões, burlões, piratas, etc) é que tinham barba. Ter barba significava que podias pertencer a um gang qualquer. Pelo sim pelo não, era melhor cortar, não fossem eles ostracizados pela sociedade só por ter uns pêlos na tromba.
Actualmente já não é assim e ainda bem. Hoje em dia qualquer indivíduo de barba feita pode ser gente que não interessa a ninguém (advogados, presidentes dos clubes de futebol, ministros, digamos-que-aumentou-o-leque-de-grupos-de-malfeitores-e-são-todos-bem-vestidos, etc).
E pronto. Antes da minha partida fica aqui esta peripécia da minha vida espectacular (ou espetacular? Isto não é querer fazer uma piada fácil, é mesmo porque encontro em tudo o que é sites de notícias coisas destas).
PS: Não, não fui cortar a barba e o cabelo porque ía de viagem e, parafraseando o meu avô, ir mais bonito... Cortei a barba porque já tinha um mês. Se calhar convém, digo eu! E o cabelo, por norma corto um bocado antes de começar a perder a visão. Já o meu avô corta o cabelo e apara o bigode de 48 todos os meses. O alarme dele é diferente do meu, que como já disse dispara assim que perceber que brevemente vou perder a visão. Assim que o sensor dele detectar que o bigode de 48 está graúdo, dispara o alarme e lá vai ele aparar as duas coisas no seu barbeiro de sempre que, fazendo agora um supônhamos, deve ser também de 48. E eu é que o vou levar ao barbeiro de vez em quando. E faço isso porque ele me pede, não é porque sei que me vai dar 10€ depois. E agora sem ironias e piadas. É mesmo porque ele me pede. Tenho barba gráuda mas isso não faz de mim um interesseiro. Acreditam se quiserem, se não quiserem... "a mim que m'importa"! Já dizia o Bruno Aleixo. Perdão, Senhor Bruno Aleixo. Não andei com ele na tropa.